A algum tempo, conheci o senhor Antônio. Estou usando este nome, mas na
verdade não sei se o seu nome é mesmo este. Talvez seja Manuel. Acredito que
ele não está vivendo mais conosco. Ele era um homem aposentado. Nesta fase de
sua vida, decidiu participar de uma religião. Suas principais atividades se
concentravam na igreja. Não assistia televisão. Rádio, somente ouvia os
programas promovidos pela sua igreja. Futebol foi uma paixão, de vez em quando
falava a respeito, na verdade mais ouvia, queria saber somente para estar a par
do que estava acontecendo. Política também era um das suas preocupações. Mas,
também era pouco debatida. Porque somente conversava a respeito de política
para escolher um candidato, e nada mais. Também dava ouvidos as pessoas que
comentavam sobre as notícias dos teles jornais, até gostava de ouvir. O que ele
realmente gostava de conversar era sobre a Bíblia. E também gostava de falar das
pregações que ouvia nas atividades religiosas. Um dia, perguntei se ele
conhecia uma pessoa chamada Albert Einstein. Dizendo que não, expliquei que
nasceu na Alemanha e era judeu. Que também era cientista, e que era muito
famoso, e que é considerado um dos homens mais inteligentes do mundo. No
pensamento dele, eu deveria estar falando de uma reportagem em um tele jornal,
então ficou curioso. E também considerando os documentários e jornais escritos,
é praticamente impossível não ter, pelo menos, escutado o nome deste cientista.
Então a sua lógica estava totalmente certa! Expliquei a ele que este cientista
fez uma teoria muito interessante. Ele descobriu, com seus cálculos, que se uma
ser humano correr a velocidade da luz, dando a volta no quarterão, ao retornar
no ponto inicial ele estaria com a mesma idade, mas as pessoas já estaria
velhas, e algumas delas já terio morrido. Ele ficou espantando mas curioso.
Depois de eu explicar de novo. Complementei informando que ao atingir a
velocidade da luz a massa do corpo também diminuiria. O tempo é diferente para
a pessoa que está correndo a velocidade da luz ao correr a velocidade da luz o
tempo passa mais devagar comparando com a pessoa que está parado. E que a massa
também não é a mesma. Ele deu o nome de teoria da relatividade. Tudo era
relativo. Depois de escutar com muita atenção a tudo o que eu dizia.
Ele concluiu:
— Tem que ter fé para acreditar em tudo isso!
Talvez este deva ser o conflito que existe entre fé e razão. Ou entre fé
e ciência!
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