quarta-feira, 27 de maio de 2015

Sorte e Azar Epistêmico

Na época de criança ganhe um jogo de tabuleiro. Este jogo era o Master. Um jogo de perguntas e respostas. Era dividido por alguns itens. Como matérias da escola. Na primeira etapa era respondido perguntas sobre um item. Como história Natural, por exemplo. Na segunda respondia-se uma pergunta de todos os itens. E a última etapa respondia de novo assunto do item inicial. O item considerado mais difícil era Artes. Eu a minha família estávamos jogando e o meu item era Artes. E quando alguém estava respondendo as perguntas deste item já sabia que iria ter muita dificuldade de ganhar o jogo. Mas, todas as vezes que jogávamos os participantes jogavam sem problemas. O objetivo principal era se divertir, passar algum tempo com a família. O jogo foi se desenvolvendo até todos chegarem a terceira etapa. E eu tinha que responder sobre Artes.Já era uma vitória quando chegávamos ao terceiro item respondendo sobre arte. Na minha vez de responder foi perguntado um assunto sobre poeta. Não me lembro da pergunta. Qualquer que seja a pergunta, na época, eu só conhecia um poeta, Manoel Bandeira. Então resolvi responder a única resposta que sabia, Manoel Bandeira. E acertei e ganhei o jogo. Foi pura sorte. Este acontecimento virou uma brincadeira, durante outras partidas, quando se perguntava sobre poeta, era ele que era mencionado, o agora famoso Manoel Bandeira. E depois, qualquer personalidade que era perguntado, o poeta era mencionado. E todos iram muito. E diversão se tornou mais divertida... Além de existir, sorte epistêmica. Também existe o azar epistêmico. Você estuda para a prova, sabe a matéria. Mas mesmo assim você não consegue se lembrar da resposta. Lembra de que estudou, mas não consegue se lembrar do conteúdo. Você volta a ser uma "tábula rasa".

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Deus é kant

Quando pensamos que o quadrado tem quatro lados estamos fazendo um juízo a priori, pois não precisamos ter uma experiência empírica para saber esta verdade. O interessante é que não podemos ter experiência empírica nenhuma, pois não existe na natureza um quadrado perfeito. Na verdade, não tem quadrado na natureza. Isto é um entendimento humano, racional e estudado... Mas sabemos que o quadrado exite. Conhecemos até as suas propriedades. Podemos realizar cálculos. E até aplicar em vários momentos da vida. Principalmente na construção de moradias, mesas, potes e etc.
Uma tribo indígena não vai se beneficiar do conhecimento da existência do quadrado. É lógico que estamos considerando uma tribo indígena que não foi influenciada com a nossa cultura e conhecimentos.
Para eles o quadrado não existe. E talvez nunca existirá. E na verdade, não existe mesmo! Pois no seu habitat dificilmente irá encontrar um quadrado. Até se contarmos para eles a existência do quadrado e que existe cálculos que podem ser feitos e podemos ainda se beneficiar deste conhecimento, com certeza irá ter muita dificuldade de apreensão deste fato. Irá até mesmo se espantar, pode até fazer piadinhas sobre o quadrado. Um deles pode dizer:
- Eles está delirando. Deus é um delírio.
Se admitimos que o quadrado tem quatro lados pode ser pensado, que é um conhecimento a priori, pois não precisamo de provas empíricas. Temos sim provas racionais. Então Deus também pode ser pensado. E também como podemos neste conhecimento a priori considerar um quadrado perfeito. Também podemos pensar em um Deus perfeito.